Os açorianos no Rio Grande do Sul - Um pouco de história

24/01/2011

Os açorianos fundiram-se com os primeiros habitantes no sul, paulistas e lagunenses, que já haviam recebido sesmarias do governo português, formando a base da população do litoral, das bacias do rio Jacuí e do rio Taquari. Nestas áreas se encontram hoje algumas cidades onde se estabeleceram ou se iniciaram com eles como Piratini,Porto Alegre, Rio Pardo, Santo Antonio da Patrulha, São José do Norte, Triunfo, Santo Amaro, Viamão, Taquari, Osório, Mostardas, Cachoeira.

Descendentes açorianos no litoral
O açoriano trouxe a ordem familiar e os costumes de suas terras. A prole açoriana era numerosa -15 a 20 filhos. Como tipo humano tinha olhos e cabelos escuros, tez alva, altos. Eram católicos devotos. Possuíam sentimentos de honestidade, honradez e respeito. Inicialmente, dedicaram-se à agricultura e mais tarde à criação de gado . Tiveram dificuldades para se adaptarem à nova terra . Em algumas comunidades litorâneas, ainda permanecem eventos religiosos e práticas lúdico-sociais .

As festas populares são a prova viva da fé e do espírito açorianos e muitas delas –festas do Espírito Santo, festas juninas, festas do Mar – permanecem nas regiões de deslocamento e colonização açoriana\, que originalmente ocuparam a bacia da Lagoa dos Patos e dos rios \Guaíba, Jacuí e Taquari.

Muitos açorianos se localizaram inicialmente em Maquiné Velho (antiga localidade junto ao Morro Maquiné) e Terra de Areia, dedicando-se á plantação da cana-de-açúcar e lavouras de subsistência e mais tarde à criação de gado.

As festas populares são a prova viva da fé e do espírito açorianos e muitas delas –festas do Espírito Santo, festas juninas, festas do Mar – permanecem nas regiões de deslocamento e colonização açoriana\, que originalmente ocuparam a bacia da Lagoa dos Patos e dos rios \Guaíba, Jacuí e Taquari.

Muitos açorianos se localizaram inicialmente em Maquiné Velho (antiga localidade junto ao Morro Maquiné) e Terra de Areia, dedicando-se á plantação da cana-de-açúcar e lavouras de subsistência e de lá deslocaram-se, posteriormente às regiões mais próximas. No Livro Tombo da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes(Osório) constam batizados de descendentes açorianos realizados desde 1917, em casas particulares de lugares litorâneos como Palmital, Sangradouro,Matriz, Maquiné, Caconde e outros.

Cita-se a existência de uma fazenda (Fazenda Capão da Canoa) no levantamento de terras,realizado em 1846 (pelo então governo do Estado), de propriedade de Pedro Hygino da Silveira, casado com Malvina Maria de Almeida, ambos descendentes açorianos . Parte das terras de Pedro Hygino foram herdadas de seu pai, o açoriano José Nunes da Silveira.Esta família tem uma larga descendência, muitos radicados em Capão da Canoa.

Nas cidades litorâneas encontra-se ainda uma forte identidade açoriananos usos e costumes de suas populações, muitas delas já com outras influências étnicas cujas raízes açorianas estão desaparecendo.

Ao afirmar uma determinada identidade busca-se a sua legitimação em referência a um suposto e autêntico passado – no caso a cultura açoriana – com o objetivo de validar a identidade reivindicada. O passado não é renegado mas reconhecido, e ao reivindicá-lo apresenta-se como parte de um passado reconstruído buscando lidar com a fragmentação do presente (multiculturalismo).